Chico parauê rauêra, Chico parauê rauá
Chico parauê rauê, rararauê rauê rararauê rauá, eu falei
Chico parauê rauêra, Chico parauê rauá
Chico parauê rauê, rararauê rauê rararauê rauá
Mandinga disfarçada em dança A dança do canavial
Chico quero ver jogar Eu quero ver jogar, Angola e Regional, eu falei
coro
Prepare o corpo que o Chico chegou
É nego velho tem história pra contar
Chico quero ver jogar Eu quero ver
jogar, Angola e Regional, eu falei
coro
Que saudade do tempo De jogar com alegria
Me recordo o respeito O sorisso no rosto A maior energia
Lá na
beira do Cais Berimbau se ouvia
Eu
chegava de branco E minha roupa branca
voltava limpinha, na beira do Cais
Na beira do Cais
Berimbau se ouvia
A roda
famosa na beira do Cais,
Lá no
cais da Bahia, na beira do Cais
Coro
O
malandro jogava,O sorisso no rosto,
A maior
alegria, na beira do Cais
Coro
A cobra
picava,O veneno da cobra
Não me
atingia, na beira do Cais
Coro
Eu pulava
na roda
Minha
proteção Era a virgem Maria, na beira do
Cais
Coro
No jogo
de Angola Eu jogava manhoso
E a
mandinga saia, na beira do Cais
Coro
Eu pedia
a São Bento,
Sua
proteção e São Bento me ouvia, na beira do Cais
Ninguém ouviu um soluçar de dor
No canto do Brasil.
Um lamento triste sempre ecoou
Desde que o índio guerreiro
Foi pro cativeiro e de lá cantou.
Negro entoou um canto de revolta pelos ares
No Quilombo dos Palmares, onde se refugiou.
Fora a luta dos inconfidentes
Pela quebra das correntes.
Nada adiantou.
E de guerra em paz, de paz em guerra,
Todo o povo dessa terra
Quando pode cantar,
Canta de dor ooo…
Ooooo……
E ecoa noite e dia é ensurdecedor.
Ai, mas que agonia
O canto do trabalhador...
Esse canto que devia ser um canto de alegria
Soa apenas como um soluçar de dor
Ooooo……